terça-feira, 28 de outubro de 2014

O TEMPO NÃO PARA

Eleonora faz um ano na semana que vem. Um aninho só, é tão pouco. Porém, sabemos que o primeiro ano de vida, ainda mais do primeiro filho, parece que dura uns 10 anos. É tanta novidade, é tanto aprendizado, é tanto respira fundo e vai com medo mesmo que a gente quase não acredita que apenas 12 meses se passaram.

Hoje eu fiquei pensando sobre o quanto esse último ano foi excepcional. Excepcionalmente maravilhoso. Excepcionalmente difícil. Cheio de momentos "não acredito que tenha gente que não queira ser mãe, é a melhor coisa do mundo" e cheio de momentos "para tudo que quero descer. Por que fui inventar de ser mãe?". 

E foi aí que me veio de repente uma saudade, uma saudade da Eleonora pequenininha, mamando no peito... Olho para ela e já vejo uma pseudo-criança, nem lá nem cá, nem bebê nem menina ainda, no meio do caminho... E então reparo: seu pezinho não é tão mais inho assim, as mãos e os dedos já cresceram, o cabelinho começa a tomar forma e querer ficar compridinho; ela está sentada no chão da sala, brincando com as coisas do papai, tagarelando sem parar e toda cheia de curiosidade... filha, onde foi que eu me perdi que não vi você crescer?

Acho que mãe é um ser meio bobo, às vezes... Ficamos sempre tão preocupadas por que que o bichinho tá chorando, se dormiu direito, por que não come, se tá com frio, que simplesmente parece que esquecemos de sentar, parar e apenas olhar, por horas a fio, aquele rostinho angelical que te olha de volta da forma mais doce possível. 

Mães, temos que parar! O tempo não para.

Parece que foi ontem que sentia aquele cheirinho de recém-nascido pela casa, que saudade!

Não sei se estou pronta para o próximo ano não. Todo mundo diz que a partir de agora o tempo acelera. Eu tô querendo é que tudo entre em câmera lenta... 

Pare de crescer, minha filha, só um pouquinho!




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