sexta-feira, 23 de maio de 2014

MEU PRIMEIRO POST



Hoje quem posta é a Eleonora. Nada mais justo ela ter o direito de participar também, afinal, o blog é sobre ela. 
É claro que o post estará em bebeiês (vulgo língua dos bebês),  mas, como boa tradutora (rs!), já estou fluente no idioma e faço a transcrição para vocês no final.

Aí vai:

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Tradução:

Por favor, se alguém ler esta mensagem venha me resgatar. Minha mãe não sai do computador, o que eu faço? Não posso ir embora porque só ela tem leitinho para mim e sempre que eu grito SOCORRO, minha mãe sempre aparece. Mas alguém tira o computador dela, por favor. O papai trabalha O DIA INTEIRO, e eu sinto muitas saudades. 

Ps: Filipinho, Anita, Maria Helena, Mariana e Helena. Tudo ok para nossa festinha segunda-feira às 2h43 da manhã, aqui no meu quarto. Tragam sua mamadeira. 

Beijos da Eleonora





Bom fim de semana! :)

quinta-feira, 22 de maio de 2014

RELATOS DE UMA CAMA COMPARTILHADA



Vim aqui só para confessar uma coisa: sempre invejei os casais que contam que dividem a cama com os filhos todas as noites sem problema algum. 
A famosa "cama compartilhada" é bastante polêmica. Enquanto há quem diga que ela é prejudicial aos pais e ao bebê, há quem diga também que é a coisa mais maravilhosa do mundo dormir todo dia agarradinho com o rebento e que isso não altera em nada a vida do casal. Quem tá falando a verdade e quem tá mentindo eu não sei, só sei que aqui em casa a Eleonora dorme no colchão dela,  no quartinho dela, e uma vez ou outra a gente traz ela para a nossa cama para uma noite bem família.

É sobre esse "uma vez ou outra" que quero falar, e então vocês entenderão minha inveja. Vai lendo.

Eu sempre achei (e ainda acho) que a pequena dorme melhor e mais confortavelmente no "espacinho" dela, seja ele o berço, o carrinho ou o chiqueirinho. Note que a palavra espacinho está entre aspas, em itálico e em negrito, isso tudo só para enfatizar o quanto estou sendo irônica ao me referir ao tamanho do lugar ocupado pela pequena criança. A Eleonora é o bebê mais espaçoso da face da Terra, você não entraria numa disputa por um lugarzinho para dormir com ela. Te juro, meu amigo, você vai perder. Portanto, quando digo espacinho dela, na verdade quero dizer sozinha. 

Sempre foi assim, desde recém-nascida o berço sempre foi pequeno para ela. Sendo assim, é batata. É só botar ela no meio da mãe e do pai que ela domina o local também, como quem não quer nada, mas consegue tudo! Agora mais do que nunca, com essa mexeção que a menina me arruma durante a noite. O resultado é sempre uma criança que dorme bem e dois adultos extremamente cansados e com dores em todo o corpo pela manhã. Por isso, ficou decidido que ela dorme no colchão dela e ponto. 


Acontece que tem dia que não dá. Tem dia que ela tá tão gracinha, mas tão fofinha, mas tão cheirosa, mas tão gostosa, que não queremos nos separar dela nem por cinco minutos (na verdade, nenhum um dia a gente quer! Porque ela é fofinha TODO DIA! hahaha #maecoruja). É nesses dias que a noite é compartilhada com ela também. 

Há alguns dias atrás foi um desses dias, parecia bebê de comercial, de tanto dengo que essa menina tinha: ela acordou no maior bom humor do mundo, não chorou. Ficou o maior dengo de manhã, distribuindo sorrisos sem parar. Na hora do lanchinho, tomou tudo o suco de pêra sem reclamar e sem fazer lambança. Ficou quietinha com o papai durante a tarde, brincando feito um anjo do ladinho dele. Na hora da frutinha da tarde, comeu tudo a banana amassada sem lambuzar metade da cozinha, sem bater a mão na colher, sem cuspir tudo para fora e quase sem ânsias de vômito. Tomou banho sem me encharcar e dormiu uma soneca de 2h30. À noite, durante a missa, ficou tranquila no carrinho e para pedir para mamar não fez nenhum "HUM HUM HUM HUM HUM", apenas me lançou o olhar de fome típico e mamou calmamente enquanto o padre falava. Mais tarde, como era aniversário de dois dos meus irmãos, fomos a uma churrascaria e ela se comportou como uma lady: dormiu um pouco, esperou no carrinho a mamãe terminar de comer, observando tudo ao seu redor. Depois colocamos ela sentadinha na mesa, e a menina jogou charme até pro moço do rodízio. Já de volta pra casa tomou outro banho quietinha (ela tava cheirando picanha ao alho), mamou e ficou toda sonolentinha. Depois de colocar ela no berço, viemos pra cama e ficamos só escutando ela falando lá sozinha... Bateu aquela saudade...traz a menina pra cá!

Pra variar, não deu certo. Quando era umas 3 da manhã, lá vou eu botar a menina no quarto dela. Resultado: domingo estávamos o marido e eu igual dois zumbis de tanto sono e cansaço.

Como que faz, gente? Para vocês terem noção, umas das últimas vezes que ela veio para o nossa cama, aconteceu a coisa mais bizarra possível: ela tinha tomado vacina e ficou manhosa o dia inteiro. Ficamos com muita dó de deixar ela sozinha, abandonada, esquecida no quarto escuro e frio (rs, a desculpa pra dormir com a menina...rs!), e trouxemos ela pra nossa cama. Beleza. Foi só botar ela lá que parece que o sono sumiu. Começou uma mexeção sem parar, um falatório sem fim, uma barulheira. Pai e mãe fingindo que não tavam vendo nada.   O pai fingia que a gracinha não era pra ele, e a mãe fingia que não tava sentindo os chutes da costela dela. Os dois de olho fechado. Acontece que, no meio do fingimento e do olho fechado, o pai dorme. E quando o marido dorme, gente, ele DORME. Apaga. Morre. E então sobra só a mãe pra contar a história. Eu continuei lá, quietinha, ignorando o que se passava. 
Depois de mais chutes na costela, de um dadadadada de 15 minutos, de rolar pra cá e pra lá, eis que a pequena fica quieta, parada, imóvel e muda. Esperei 5 minutos, rezando. Nada de barulho. Dormiu, êêêêê!! Posso abrir o olho pra ver? Vamos lá! Então abro o olho e me deparo com a seguinte cena: Eleonora super entretida com o quê? O SUVACO do papai (que estava dormindo de braço pra cima). Isso mesmo. Ela tava vidrada, passando a mão, botando a mão na boca, acariciando os pêlos, maravilhada. Eu só soltei um: "AMOOOOOOOOOR, PRESTENÇÃOOO!". E o pai lá, desmaiado. 
Resumo da odisséia: lá vou eu, 1 da manhã, lavar a mão da menina, a boca da menina, desinfetar a menina. 

Rir pra não chorar.

Gente, e agora? Alguém me dá dicas de como dormir com um bebê é possível? Eu sei que o primeiro passo é comprar  uma cama king size. Ok. Talvez daqui uns 25 anos, parcelado em 56 vezes sem juros, a gente consiga comprar, mas até lá, o que fazer?

Aguardo dicas e sugestões de quem consegue compartilhar desse momento delicioso sem memórias traumáticas. Obrigada.












quarta-feira, 14 de maio de 2014

OS PIORES MOMENTOS. QUEM NUNCA?



Nesses seis meses como mãe posso dizer que coisas maravilhosas aconteceram na minha vida. Cada dia é uma emoção diferente. A maternidade (e paternidade) é um aprendizado diário, que só na prática podemos sentir. 
No entanto, seria mentira dizer que tudo foi flores até agora. Tem aqueles dias que parece que acordamos com o pé esquerdo e tudo começa a dar errado. São nesses dias que acontecem os piores momentos da maternidade. Como não sou melhor que ninguém, eu também tive meus piores momentos como mãe, aqueles que me dão a maior vergonha alheia só de lembrar! Mas foi importante  terem acontecido, assim eu cresço, aprendo, reflito e tento  um dia não repetir com o segundo, terceiro... quem sabe. Rs.

Voilà meus tops piores momentos. Quem nunca?

- Não ter escutado ela chorar na nossa primeira noite em casa. Depois de 14 horas de trabalho de parto, três dias no hospital e três noites sem dormir, o meu instinto materno falhou e eu não escutei ela chorar. Acordei com o marido balançando o carrinho do meu lado.

- Quando encostei o rosto da Eleonora na água durante o banho. Ela tinha 1 mês, e foi quando virei ela de costas na banheira para lavar o bumbum. Não durou nem um segundo, mas foi o suficiente para ela engolir um pouco de água e se assustar bastante. O marido não sabia se acudia mãe ou filha, já que as duas choravam compulsivamente. Depois desse dia, na hora do banho eu fico 350% focada no que estou fazendo. Posso estar mega cansada, podem me oferecer torta holandesa, pode o Brad Pitt aparecer na minha frente: eu não desgrudo o olho da menina! Graças ao bom Deus ela está tomando gosto pelo banho de chuveiro; mesmo antes de ser mãe, sempre achei banheira um negócio perigosíssimo! 

- Depois de um dia cansativo e de ter escutado a pequena resmungar umas 5 horas seguidas, soltei um alto e firme "ELEONORA, CHEGA!". E depois tive que ficar vendo sua carinha ficar vermelha,  sua boca virar o maior bico e as lágrimas começarem a escorrer dos olhinhos, sem soltar um pio! Ela chorou em silêncio uns 30 minutos, e meu coração partiu em mil pedaços aquele dia.

- Nos dias mais difíceis querer comprar uma passagem só de ida pra Marte. E quando passa a gente se sente a pessoa mais egoísta do universo.

- Comer porcaria, mesmo sabendo que ela mama e precisa de coisas saudáveis, e que tudo reflete no leite. É só passar no drive-thru do McDonald's que parece que tô carregando o mundo nas costas de tanta culpa.

- Esqueci do marido. Não deixei ele fazer as coisas achando que sempre faço melhor. Não existe jeito melhor ou pior, apenas jeitos diferentes.

- Não troquei a fralda. Isso no meio da noite. Ás vezes eu sabia que a fralda estava cheia, mas é só ameaçar tirar o mijão que ela desperta. O sono falou mais alto. Me julguem. :(

- Deixei chorar. Já disse que sou totalmente contra, acho isso um crime! Mas depois de ter checado se era fome, se era frio, se era calor, se era cólica, se era cansaço, se era desconforto na roupa, se era fralda suja, se era colo e ela não ter parado de chorar, simplesmente abandonei a causa e ela chorou 2 horas no colo do pai, até dormir.

- Cortei sua unha com o dedo junto. Precisa explicar? Não gosto nem de lembrar.

- Uso roupas "masculinas". Hahaha! Como não nasci milionária e bebês perdem roupa a cada semana, qualquer doação é bem-vinda. Confesso que uso vários cueiros de carrinhos,  fronhas azuis, meias do Ben 10, e ainda assim continuo achando a Eleonora a maior princesinha da Terra! 


É isso, eu acho.


Com certeza essa lista será infinita, afinal, sou humana. Prometo manter todos atualizados dos meus deslizes.

Boa quarta!

quarta-feira, 7 de maio de 2014

FELIZ MEIO ANIVERSÁRIO!



A filhota fez seis meses ontem. Seis meses. Seis meses. Seis meses. Isso é MEIO ANO! Alguém para o tempo fazendo o favor?
Esse mesversário está sendo mais do que especial, agora começa a contagem regressiva de verdade para o primeiro aninho!

Gente, esse último mês foi o mês mais fofo do universo, nossa! Muita coisa aconteceu, muita coisa mudou, meu bebê não é o mesmo.
Agora já se foram todos os traços remanescentes de bebê recém-nascido, agora a fofinha é bebê de verdade, rs! E por conta disso, parece outra pessoa, outra criança! 

Confesso que fui a mãe mais displicente do universo, e que faz maior tempão que não levo ela no pediatra (por tempão entende-se quase 2 meses). Assim sendo, não faço ideia do peso e da altura da Eleonora, mas posso dizer que engordou bastantinho, melhor, os meus braços dizem por mim!! É só ficar com ela 15 minutinhos no colo, que os braços pedem arrego! 
Mas, não importa, o importante é que ela cresceu, engordou, está contente, esperta e muuuuuito fofa! Rs

Lá vai um mini-resumo dessas 4 últimas semanas:

- Como disse, nem tenho ideia de peso e medida.

- Ainda mama só no peito 

- Usa roupas para bebês de 9-12 meses, elas ficam suuuper largas, mas o comprimento fica ali, torando no pézinho! Que dó!

- Grita loucamente e já fala algumas sílabas: dádá, bububu, uauaua e aiaiai são suas preferidas. Esses dias ela emendou pela primeira vez um papapapa, e no fim saiu um papapaPAPAI, mesmo sabendo que não foi um PAPAI de verdade (na verdade ela tava falando pra vovó!rs), foi muita emoção! hahaha

- Já reconhece nossa casa, nosso prédio, a escada... É só entrarmos no portãozinho do prédio que ela começa a sorrir e pular de alegria! 

- Falando em pular: no colo, ela pula pula pula pula como se não houvesse amanhã.

- Aderiu ao movimento dos sem-berço. Há duas semanas está com o colchão no chão. Ela AMOU! O quartinho ainda não está pronto, mas logo logo posto fotos aqui.

- Tomou banho de chuveiro com a mamãe. URROU o tempo inteiro. Morreu de medo do barulho do chuveiro, mas gostou da água caindo no seu rosto.

- O banho de chuveiro se deu ao fato de estar IMPOSSÍVEL dar banho nessa garota. Toda vez eu me pergunto: quem é que dá banho em quem mesmo?





 - Começou a comer há 15 dias. Tivemos que adiantar um pouquinho a introdução alimentar. Explico: ela não estava mamando, não sabemos o porquê... Não queria saber de peito, de leite, de nada...tentamos entrar com o LA, foi pior, foram gritos, e choros, e lágrimas e estresse. Por conta disso, perdeu peso ("que já recuperou", dizem os meus braços...) Depois que começou a comer frutinhas e tomar suco, voltou a mamar que nem uma draga. Vai entender.

- Amou suco de laranja (ilhôa).

- Amou banana.

- Amou maçã.

- Abominou mamão.

- Gosta mais de pera do que da mamãe. Vide vídeo.



- Ficou loucona com morango! (Mas não vai rolar suquinho de morango tão cedo de novo, já que só dá para fazer com morangos orgânicos, devido a quantidade de agrotóxicos nessa fruta. E como sabemos, ser saudável e natureba é caro pra ca****!)

- Estranhou o suquinho de pomelo, mas tomou até que bem. Porém... meu amigo, foi só dar a fruta DE GARFO pra ela, que lá se foi metade de um pomelo G-I-G-A-N-T-E-S-C-O! #meubebêéumadraga parte II



- Está alucinada de coceira na gengiva. Tenta coçar de todas as maneiras possíveis.

- Ama passar a mão na barba do papai.

- Senta com apoio.





- Passa objetos de uma mão para outra com maestria e elegância, rs.

- Taca tudo no chão.

- Está devendo um óculos novo para a mamãe.

- Abandonou o Chicolino, que era seu brinquedo favorito até então.



- É super determinada! Orgulho do pai! (vídeo)









- Sorri sem parar!! :)



FELIZ MEIO-ANO, bonitinha! 






sexta-feira, 2 de maio de 2014

COM A PALAVRA O DOUTOR

O pediatra Dr. José Martins Filho virou meu novo ídolo, rs. Neste video ele fala sobre a importância de um ambiente harmônico e da presença da mãe e do pai para o desenvolvimento saudável da criança. 
Você sabe o que é ter um filho? Assita o vídeo e escute a resposta. Realmente, o mundo moderno virou a maternidade (e a paternidade também!) um pouco de cabeça para baixo... 
O vídeo é um pouco longo, mas vale a pena!


Adendo: José Martins Filho, graduado em Medicina na USP (FMRPUSP) em 1967. Doutorado em Medicina na UNICAMP em 1972. Livre docente em neonatologia (pediatria) na UNICAMP em 1982. Diretor da Faculdade de Medicina da UNICAMP (1988/1990). Vice Reitor da UNICAMP (1990/1994) e Reitor daquela Universidade de 1994 a 1998. Desempenha atualmente, como professor titular de pediatria (aposentado), as funções docentes na Pós graduação em Saúde da Criança e do Adolescente, vinculada à Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP.


MILAGRES

Conheça Ward Miles, um bebê prematuro extremo, nascido com 5 meses e meio de gestação (com menos de 1kg) e desacreditado pelos médicos, que não acreditavam na sua sobrevivência, e diziam que, caso ele sobrevivesse, seria impossível não haver sequelas graves.  Sua mãe só pode segurá-lo 4 dias após o nascimento, e o pequeno passou nada menos que 107 dia na UTI neonatal antes de ir para casa. Seu pai, fotógrafo, fez um vídeo de sua luta pela vida desde o dia do nascimento até o seu primeiro aninho. 

Já vi milhões de vezes, e chorei em todas. Contenha as lágrimas se for capaz.