terça-feira, 23 de setembro de 2014

A SAGA Parte II



Não adianta, cada bebê é de um jeito. Cada um tem suas peculiaridades, seus trejeitos, suas gracinhas. Tem bebê que dorme desde sempre, tem bebê que toca o terror até os 3 anos. Tem bebê que anda-fala com menos de um ano, e tem uns que parecem que vêm com uma preguiiiiiça sem fim, rs. Tem bebê que come qualquer coisa comível que oferecem, e tem uns que querem viver de água e vento, só pode.  Nesse último requisito, encontra-se a minha filha neste momento.

Olha, se tem uma coisa que me desanima quando eu penso em ter um segundinho, terceirinho,  etc, é lembrar que terei que passar pela introdução alimentar de novo. Gente, eu tenho vontade de sair correndo só de pensar nisso. Sem sombra de dúvida, essa questão da alimentação foi a parte mais traumática até agora para o marido e eu. E, aproveitando esse momento, confesso que M-O-R-R-O de inveja daquelas que mães que falam "meu filho come tudo, super bem, e qualquer coisa". Pu favô, me contem que magia é essa, me contem esse segreeeedoooo!

Na primeiro capítulo desta saga, eu deixei bem claro que a Eleonora se tornou uma grande fã das frutas. Graças ao bom Deus, esse amor por frutinhas continua. Até então, estava apenas no começo da introdução à comida salgada, o que se revelou, pouco tempo depois, ser um pesadelo sem fim. Eu me imagino, daqui uns 4 ou 5 anos, como uma daquelas mães que imploram, que choram, que rezam, suplicando pro filho comer só mais uma colherzinha.... hahahahaha!

Você deve estar aí pensando que a bonitinha daqui de casa odiou tudo quanto é coisa salgada dessa vida. Não é bem assim. Ela gostou, gostou até que bastante. Beterraba foi eleita como a preferida. Rs.

Na parte II da introdução, tentei repetir e variar ao mesmo tempo os legumes, as verduras, as carnes (um pouco depois) e muitas das vezes o resultado foi positivo. Os alimentos que foram rejeitados no início, logo logo começaram a ser aceitos (como a abóbora), com um pouquinho de insistência. Como disse, a beterraba foi sucesso; a batata também! A cenoura ela adorou. O chuchu deu a liga perfeita! A couve deu um saborzinho especial. O inhame veio para completar a nutrição balanceada, assim como a abóbora, a rúcula, a alface, a cebola, o pepino, a abobrinha, o tomate, a mandioquinha, o brócolis, a carne vermelha, o peixe, o frango, etc. Tudo foi aceito. Yeeeeeyyyy! :)
Ops, exceto o ovo. Ela O-D-I-O-U ovo, não importa se é puro, se é no meio da papinha, se é só um pouquinho. Não adianta: pois ovo, é blééééé na certa!


Então você aí se pergunta porque é que que eu to reclamando surtada, dizendo que a alimentação é o maior terror do mundo. Eu vou explicar:

A Eleonora gosta de comida. O problema é: ela não se interessa por comida.

Sabe aqueles bebês que assim que você começa a comer algo já vem igual um cachorrinho atrás, lambendo os beicinhos e jogando aquele olhar de bichinho abandonado faminto? Esse bebê só apareceu aqui em casa umas duas ou três vezes, no máximo!

A Eleonora faz todas as refeições junto com a gente na mesa, e nunca, NUNCA  ela olha e pede para comer o que estamos comendo, mesmo que ela esteja com fome (exceto quando estamos comendo frutas, como já expliquei). Parece que pra ela TUDO é mais interessante do que a comida: a cadeirinha, a lâmpada da cozinha, a formiguinha que tá andando na mesa, o guardanapo, a colher, o prato, etc, etc, etc.
Sendo assim, para ela comer bem a papinha, existe um grande esforço envolvido. O processo todo envolve: uns 6 clipes da Galinha Pintadinha, mímicas, palmas, brincadeiras com o tampão da cadeirinha, malabarismos, e uns 14 "come pelo amor de Deus" no meio disso tudo. Ao todo, o processo de almoço pode levar 1h facinho, facinho. Ninguém merece.
Lembrando: ela não rejeita a comida, ou tem ânsias ou algo do tipo. Ela gosta, mas não come.


Enfim. 
Essa é a nossa realidade atual. Tem dias melhores, e dias de querer pular da ponte (leia-se: dias que você desiste e diz: então passa fome! rsrsrs)
Já tentamos algumas dicas da pediatra que muitas vezes dão certo (tirar o lanche da manhã foi uma delas), e esperamos por dias melhores em breve.
Há duas semanas ela começou a comer a mesma comida que a gente: arroz, feijão, carninha e salada até. Tem sido mais ou menos bom.  Melhor que antes, rs! Mas não vou cantar vitória antes da hora, hehe!

Boa tarde e rezem para qualquer santo comilão por nós!

Beijos 



Nenhum comentário:

Postar um comentário