quinta-feira, 24 de julho de 2014

FAÇA O QUE FALO, NÃO FAÇA O QUE FAÇO




É só anunciar a gravidez que a partir de então a gente começa a escutar as coisas mais bizarras possíveis. Depois que o bebê nasce então, se não ignorarmos metade das coisas malucas que nos dizem, fica facinho facinho ficar doida.
Eu sei, tenho certeza na verdade, que 99% das pessoas tem boas intenções ao dar conselhos, pitacos ou dicas para uma grávida/recém-mãe. Cabe a nós desenvolver um filtro interno e selecionar o que vale a pena seguir, fazer ou tentar e o que vale a pena simplesmente ignorar. Na maioria das vezes eu levei na boa tudo o que me disseram durante os nove meses da Eleonora na barriga e durante esses quase nove meses fora dela. Quase tudo levei com bastante humor. QUASE. Algumas coisas simplesmente me fizeram perder a cabeça, mesmo que dentro de mim mesma apenas.
Acompanhe aí embaixo as coisas mais malucas que já me disseram ou fizeram, e atire a primeira pedra quem nunca fez ou disse alguma dessas coisas antes (eu me incluo nessa lista, já fiz alguns dos itens abaixo e hoje morro de vergonhaaaa!). 

Vai lendo:

- Sabe qual foi a primeira coisa que 99% das pessoas me disseram quando descobriram que eu tava grávida? Não, não foi "Parabéns!!",  foi "MAS JÁÁÁÁ?".  O jeito foi rir junto com as pessoas, rs.

- Eu fui uma grávida bem chatinha no quesito tocar na barriga. Confesso que não era muito fã que as pessoas ficassem passando a mão. Acho barriga uma coisa meio íntima, sabe? Ninguém chega em você e vai passando a mão na sua barriga. Oi? Só que grávida não tem jeito, quanto maior a barriga, mais queriam passar a mão. E não tô falando só de gente chegada não, me passaram a mão (rs!) não só os mais próximos, mas a caixa do supermercado, a atendente da loja, a secretária da médica, a velhinha do ponto de ônibus, TODOS os meus aluninhos crianças (fofoooos!) e qualquer pessoa com tara por barriga de grávida que me visse na rua. Perdoem minha uózisse, mas eu acho meio bizarro isso, rs!

- Eu quis morrer quando umas duas ou três pessoas me disseram: "esse bebê tem que sair ou você vai explodir". Gente, eu fiquei tão barriguda assim? A Eleonora nasceu tão pequenininha. Hahahaha.

- Umas 4 senhorinhas me disseram que nada como uma boa faxina na casa para desencadear o trabalho de parto. HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA! Sabe aquelas lendas de vó?

- Uma aluninha me perguntou "Teacher, como que o bebê foi parar dentro da sua barriga?". Mudando de assunto em 3...2..1...

- Quando cheguei no hospital cedinho no dia que a Eleonora nasceu, expliquei a situação para a mocinha da emergência. Na hora que disse que a bolsa tinha estourado, ela me disse: "tem certeza?".  Oi?

- Nos dias que fiquei na maternidade, sempre dividi o quarto com uma recém-mãe. Eu quase não recebi visitas, mas as minhas companheiras receberam. E quiseram morrer. E eu morrer junto. Tivemos a visita de um ser que chegou de butina suja de lama, camisa suja de terra e cheirando cavalo. Nada contra, mas não se visita um bebê assim, muito menos pede para segurá-lo (quase morri pela mãe nessa hora!). Um outro apareceu depois de ter tomado banho de perfume e por fim uma outra visita queria porque queria torar o ar-condiconado do quarto no máximo, com dois recém-nascidos ali. Dispensa comentários.

- A Eleonora já tinha uns dois meses e fomos passear um pouquinho no shopping. Uma senhora me abordou e depois de descrever o modo como criara os seus três filhos, concluiu em bom tom que a Eleonora tava magrinha demais, que eu já podia começar a dar frutinhas e que nada melhor pra ganhar peso do que leite condensado. Leite condensado. LEITE CONDENSADO!!!! Cataploft.

- Quase morro milhões de vezes quando chegam e começam a beijar sem parar as mãozinhas da pequena. Gente, o cor-po-in-tei-ro pra beijar, e a galera beija logo a mão? Não dá nem três milésimos de segundo e ela já põe a mão na boca.

- E quando a gente está num local meio público e precisa amamentar? Como faz? Tentamos ser discretas, jogamos um paninho... Mas SEMPRE tem um indelicado (no geral é homem) que não tira o olho nem com reza. É uó.

- Uma coisa que me deixa curiosa é quando dizem "Você vai ver só no segundo filho...". Esta lista inclui: "Quero ver você amamentar tanto o segundo filho", "quero ver se vai escrever blog depois do segundo filho", "quero ver se vai ter quarto montessoriano no segundo filho", "quero ver se vai descansar depois do segundo filho". Gente, o segundo filho me parece ser o grande destruidor de lares e sonhos. Gente, eu sou a SEGUNDA FILHA. Mãe, me perdoaaaa.

- E para encerrar, não podia deixar de aparecer aqui a clássica "Mas você dá o peito até hoje?" 
Minha poker face quando escuto essa pergunta:






Se você é mãe e se identifica, levanta a mão!

Boa tarde!

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