sexta-feira, 11 de abril de 2014

MÃE SÓ PENSA TRAGÉDIA

Hoje de manhã eu quase tive um ataque do coração por causa de uma coisa quase boba que aconteceu. Sei lá também se era coisa boba. O fato é que sempre que acontece alguma coisa com a pequena, dentro da minha cabeça essa coisa me parece 350 vezes maior do que é: se é uma febrinha, me parece que é uma coisa de 42º, se é um chorinho, me parece que tá urrando, se assou um pouquinho, já acho que tá com queimadura de 3º grau e por aí vai. 
Será que é coisa de mãe de primeira viagem? Acho que sim. 
Mãe só pensa tragédia. Foi o que fiquei pensando depois. E isso é bom e ruim, eu acho. É bom porque isso acaba protegendo nossos filhos de tragédias reais que podem vir a acontecer, e é ruim porque acabamos superprotegendo os pequenos e nos descabelando muitas vezes sem motivo, e acabamos impedindo que eles andem com as próprias pernas. Enfim...
O fato em si, olhando agora, é bem engraçado. Mas te juro que na hora meu coração parou de bater por uns segundos. Palavras aleatórias surgiam sem parar na minha cabeça em milésimos de segundos: sufocamento, respiração, pulso, hospital... Um horror de exageros, pensando bem.

Vamos as vias de fato:

Estava eu toda feliz e tranquila na cozinha, botando a roupa na máquina, refogando o arroz, e fazendo mais umas coisinhas na casa. A bonitinha estava dormindo feito um anjo no berço, fresquinha, quietinha, um amor. Lá pelas 11h50, quase meio-dia, escutei ela acordando: uns gritinhos, uma mexeção, umas palavrinhas incompreensíveis de bebê. Como ela não chorou, estava brincando sozinha, deixei ela quietinha (como sempre digo, não se mexe em time que tá ganhando. Se não tá chorando, deixa! rs), e fiquei só escutando ali pela porta da cozinha, que é do lado da janela dela. De repente ela começa a rir, dar uma gargalhadinha... pensei que fosse por causa da bonequinha da Nossa Senhora que eu tinha posto no berço pra ela brincar e que ela adora. Mais uma gargalhada. Eu ri sozinha na cozinha. Do quê essa menina tá rindo? Como o arroz estava quase no ponto, esperei terminar de secar a água para ir la ver a carinha risonha da pequena. Nisso ela já estava gargalhando pra valer, e eu só escutava seus pézinhos batendo com toda força no colchão. Corri lá no quarto, e eis que vejo a fofinha assim:





Como ela conseguiu puxar o mosquiteiro eu não sei, só sei que ela se enrolou inteira no negócio, deu umas duas voltas no corpinho. E ela tava achando muuuuito engraçado. Tava adorando.
Na hora que vi, não sabia se ria ou se acudia. Comecei a pensar na hora: tá se sufocando! (mas como se é tela?), tá se enforcando! (mas como se ela tá rindo?), tá se machucando! (mas como se tá é achando a coisa mais boa do mundo?). 
Depois de checar que estava tudo bem e que ela só estava brincando, comecei a rir loucamente com ela. Quanto mais eu ria, mais ela ria. Peguei o celular, e lá vou eu registrar a proeza da menina.

Depois fiquei pensando se eu não tô exagerando na previsão de tragédias para essa garota. Eu não queria ser daquelas mães que se o filho leva um tombinho já leva pro hospital para tirar raio-x, ou se a criança espirra já faz o diagnóstico fatal/terminal do pequeno.

Vou tentar melhorar, juro! 
Mas.... não vou conseguir dormir hoje se não me certificar de que o mosquiteiro tá bem preso lá encima! Rs.

Boa tarde! :)

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